quinta-feira, 17 de junho de 2010

A MÚSICA DE AMARILDO

Abrir aspas... "

José Amarildo é um perfeito músico cristão. Além de instrumentista, ele é letrista, versionista e compositor. Toca vários instrumentos. Tinha começado pelo violão acústico, com suaves cordas de nylon, mas percebeu que o contrabaixo elétrico fazia mais barulho e trocou de máquina. Outro dia, confidenciou-me que pensa em estudar bateria: o estardalhaço será ainda maior...

José Amarildo tem horror ao mundo amargo. A realidade lhe dá arrepios A maioria de seus refrões abre espaço para uns versinhos que cantam: no céu, no céu... Claro: não faltariam jamais anjos subindo e descendo, Jerusaléns ionosféricas e bucólicas descrições do Éden perdido.. Questões sociais - aquelas preferidas por Leão XIII - jamais invadirão sua obra poética.

José Amaraldo tem um sistema peculiar de composição. Quando está de namoro firme, sua inspiração evangélica simplesmente desaparece. Se, porém, as namoradas se enfadam e o mandam passear, é aí que as musas o inflamam de irresistível estro criador e ele passa a declarar amor a Jesus, como se o Rabi da Galiléia fosse sua amada. Outro dia, ele vinha de ônibus e começou a cantarolar um refrão espetacular, que falava de abraçar São miguel Arcanjo no céu, no Último Dia. Por infortúnio, nossos artista viu um mendigo caído na calçada e a inspiração foi-se embora. Uma pena!

José Amoraldo já foi aquele tipo de garoto simpático e comunicativo, que tocava violão com as tias e os primos, nas reuniões caseiras. hoje, depois de ter gravado um CD e meio ( o segundo anda meio agarrado...), recebendo direitos autorais e cobrando caro para "shows" pretensamente evangelizadores, vestiu a máscara de artista e ficou não muito acessível. É a vida...

José Esmeraldo não estudou música. Ele acredita piamente em uma espécie de "inspiração" que vem do alto, quimicamente pura. Sem nenhum esmero, Esmeraldo não domina a "artinha". Nunca ouviu falar em dinâmica musical, com seus pianíssimos e mezzofortes
Ignora os acordes e diminuta. Desconhece a rica variedade de gêneros musicais do folclore e da cultura brasileira. Muito marcado pelo rock esgoelado pelas emissoras de rádio, resumiu sua harmonia a dois acordes - tal vez três! - executados no volume máximo. Na verdade, ele não "toca" seus instrumentos: "bate" neles! Coitados!

O pároco, Padre Malaventura, já tentou várias vezes que a Banda de Amarildo adotasse uma postura musical mais condizente com a ação litúrgica, baixando o volume, afinando as guitarras e cantando a meia-voz. A garotada sorri diante da ingenuidade do reverendo, óbvio ignorante em matéria de moda musical. Com isso, o saxofone continua com seus gargarejos, as guitarras com seus miados.

Em tempo: a Igreja está cada vez mais vazia. Qualquer dia desses, o raro talento musical de José Amarildo e sua banda ficará para sempre desperdiçado, sem ninguém na platéia para ouvir o desconcerto, exceto o sacristão e a Dona Toniquinha... Por dever de ofício, é claro!"

(Fonte: Jornal o Lutador, por Carlos Scheid. Edição número 3696. Editora O Lutador)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

OS NOVOS FIEIS

A maior característica de um bom ministro de música é a qualidade de sua fidelidade. 

LEVANTEM-SE, POIS, OS FIÉIS.
MESMO QUE MACHUCADOS, DOENTES, TRAÍDOS E COM FERIDAS DE MORTE.

Porque, após Sua ressurreição, o Senhor não se mostrou completamente sem feridas, em um corpo intacto, sem machucados, e sim, revelou Sua presença a Tomé através de Sua Chaga? Porque estas feridas estariam ali, em um Corpo ressurreto senão para uma indicação que foram estes sofrimentos que salvaram o mundo. É a mesma pergunta que fazemos: Porque eu sofro tanto se Deus está comigo?

As feridas do Senhor são como “placas” de sinalização com as informações necessárias para chegarmos ao nosso destino final: a eternidade. Sem estes sofrimentos não teríamos um indicativo por onde seguir. Como se viaja em uma rodovia que não tenham placas de sinalização? Será que se Tomé não tocasse a chaga ele permaneceria no caminho de Cristo?

As Escrituras são claras quando afirmam que “Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja. (Col. 1,24).

Logo, ao que tudo indica, eu também sou responsável em apresentar a Salvação às pessoas. Teria uma relação entre a apresentação das chagas de Cristo a Tomé com a apresentação de nossos machucados para a salvação de alguém? Sim. O Senhor ensinou-nos a salvação de muitas pessoas exige uma oferenda de nós mesmos.


Pelos nossos sofrimentos, em Cristo, temos uma condição misteriosa de resgate e salvamentos de muitas almas. Senão, porque a Escritura diria “Crê você e sua família será salva”? (At. 16,31) senão pela certeza de que, mesmo no sofrimento, almas seriam salvas?

Esta relação de sofrimento com crença é a nova ordem deste século. Não é uma novidade em sua essência, pois, o Senhor já disse isso e sempre reafirma através da Igreja, dos santos e dos profetas destes tempos. Contudo, ela é nova na forma de se viver, nos métodos para se desenvolver e na expressão com que é anunciada.

O Senhor está chamando os “novos fieis”. Aqueles que já se lambuzaram da mentira, da vaidade, da sexualidade errada e querem beber de um Vinho novo e vestir uma nova ropuagem. Deus está convocando os novos fieis de um jeito novo. E a maior característica destes “fieis novos” são suas feridas expostas, machucados, cansaço físico, esgotamento da fé. Eles estão sendo recrutados para serem ofertórios vivos para a salvação do mundo. São os fieis da hora final. São os cristãos nascidos das bodas de Caná. Os fieis medrosos da Barca.

Os novos fieis não praticam atos de heroísmo evangélico. Não estão com Deus por causa de carro, casa, fama ou fortuna. Não ficam gritando pelas ruas chamando a atenção para si mesmos. Mas, são os que trazem em suas vidas chicotadas de velório, facadas de relacionamentos que não deram certo, mágoas de si mesmo por não terem êxito na vida. Que horror. São cristãos estranhos. Doentes, traídos, adulterados, bêbados, mesquinhos, medrosos e frustrados em seus casamentos. São pessoas que normalmente não seriam bem vindos em muitos templos. Mas, que O Senhor está convocando para se levantarem.

Tem muito fiel a Deus jogado na rua. Tem muito fiel a Deus largado em prostíbulo. Existe um grande número de jovens fieis lançados nos calabouços das drogas. Existe um número gritante de fieis a Deus perdidos nos sites pornográficos da Internet. E eles devem ser resgatados e levantados. Soerguidos. E O Senhor os chama como estandartes, para levantarem suas vidas e suas feridas como placa de sinalização. Apresentarem seus machucados pela salvação de suas famílias, dos jovens de sua casa, para a salvação do mundo.

Os “novos fieis” trazem consigo marcas eternas. Dores que não passam, só amenizam na Cruz. Por isso são tão humanos e tão misericordiosos. Só se ganha o diploma da misericórdia através da faculdade do sofrimento. É a ciência da vida.

Por fim, os novos fieis têm seus momentos de flagelo pessoal por onde sua parte “Tomé” avança desafiando fé e muitas vezes, desequilibrando e deixando um rastro devastador. E o mundo, estarrecido, não consegue compreender como estas pessoas ainda não desistiram de Deus depois de tanto sofrimento. É simples: eles não foram feitos com botão de “of”. Eles tem uma mão “colada na chaga” e a outra na humanidade. Deus nunca os abandonará. Sofrem. Sofrem muito. Choram. Sentem-se perdidos, desnorteados. Perdem entes queridos. São traídos. Não entendem nada. Mas, permanecem com Deus até o fim porque conhecem o Seu Pastor, conhecem o Seu Pai. Sabem do futuro que os espera.

CANSA SERVIR A DEUS


Não somos anjos. Por mais que algumas canções insistam em afirmar isso. E a Obra que O Senhor faz em cada um não acontece somente em plano espiritual. Ela se desenrola na história humana atingido nossa humanidade por completo. Ainda mais aquele ou aquela que procura servir verdadeiramente ao Senhor.

Todo filho de Deus carrega em si um pouco de Santo Antão, o Santo de Deserto. Chamado o pai de todos os monges,  Antão foimarcado em sua vida por um profundo desejo de amar e servir a Deus abdicando-se de coisas que seriam coumuns, desejos e vontades “normais” para viver uma vida de total subserviência.

Contudo, duas características marcam a vida e a história deste grande homem de Deus: ascese e combate. Santo Antão, em certo momento de sua vida, gastava-se muito em combates ferrenhos paradefender a sua fé.

Conta-se que, todas as tardes um leão feroz aproxima-se do acampamento do Santo para provar-lhe a fé. Voraz, queria matar Antão e servir-se de sua carne. O leão não era bobo. Sabia a qualidade da carne de um santo. E o Santo lutava bravamente para desender sua própria vida e seu o local aonde morava.

Em uma bela tarde, após violento combate com o leão, o Antão resolveu que estava muito cansado da mesma luta. O leão não mudava. E fora rezar. Reclamou. Sem medo de Seu Deus perguntou o porque destas lutas tão massantes e desgastantes. Porque sempre a mesma coisa. E pediu para que O Senhor afastasse este combate.

Deus, em Sua imensa bondade e misericórdia concordou com o pobre filho cansado. Viu que realmente Antão tinha razão. Ele estava machucado, ferido profundamente. Generosamente, Deus responde ao Santo: “Ver-te lutar me é tão prazeroso e causa-me tanta felicidade que Eu colocaria eternamante leões em tua vida, só para olhar-te vencendo por amor a Mim”.

“Por amor a Mim”. Que frase fortíssima. Que segredo revelado. Que vitamina para os coprpos cansados de Deus e da Igreja. Que recomposição para aqueles que largaram as monótonas lutas pela felicidade de seus casamentos e de suas famílias. Que novo vigor para os que se cansaram de suas vocações. Que lucro para carismáticos esgotados.

O tempo em que vivêmos é um tempo de excessivo cansaço. Um tempo que se traduz como ranhura, machucado, ferida. E é natural que cheguemos ao “final da tarde” estafados e gritemos ao Senhor: “Chega! Cansei. Fiz tudo o que podia. Preciso parar um pouco”.

Mas a obra não é nossa.A desistência não é opção para quem descobriu que a Graça suplanta tudo. Desistir é o caminho errante. Quando alguém “larga tudo” é porque nunca agarrou a obra como vontade de Deus. Quando alguém “sai” da caminhada na verdade nunca entrou. Aquele que sabe que a obra é do Senhor cansa, estafa, pode até deprimir-se mas vai até o fim.

Mas, “se com tua boca confessares que Jesus é O Senhor” (Rom. 10,9)  e que não há discípulo maior que o Mestre, compreenderemos aquilo que fora revelado a Santo Antão. Que “seja qual for o grau em que chegamos, o que importa é prosseguir decididamente” (Filp. 3,16).

Ou decido desistir ou decido continuar. Uma é decisão humana. A outra, é do Espírito.

CHICOTES NA CARNE

Não conheci nenhuma estrada que tenha me levado ao destino senão pela obediência. Se na matemática a ordem dos fatores não altera o produto, no ministério de música isto não é bem assim. A obediência é uma forma do bolo. Só se consegue chegar ao produto final pela obediência. É incompleto o ministro de música que não sabe obedecer.

Mas porque a obediência é tão difícil?
Porque obedecer é morrer para si. E isso não é nada gostoso. A obediência humilha enquanto a soberba exalta. Logo, quando tenho um "ego" excessivamente voluptuoso é natural que a obediência seja um chicote na carne.

Mas não há escapatória para alguém que queira ser um bom ministro de música. Ou se apaixona pela obediência ou sai da sua paróquia quando o padre disser que seu ministério toca muito alto.

E outra, né: obedecer é imitar O Senhor em Sua forma mais ultrajante. E parece que Deus sempre "coloca" em nosso caminho superiores que não nos tratam muito bem. Claro, sinal de que nossa carne é muito soberba e precisa de amaciante. Ninguém faz churrasco com carne de segunda.

A insolência e a imaturidade são arqui-inimigas dos ministros de música. Uma põe abaixo a Obra de restauração pessoal que Deus precisa fazer. E a outra não nos permite fixar a Vontade de Deus através de nosso dom.

Não sei quantas vezes você já foi chicoteado(a). Mas, suas feridas são proporcionais à obra que Deus quer fazer em você e por você. O caminho da Salvação passou, necessariamente pelos chicotes em Jesus. Ora, quer salvação diferente disso? Vá fazer sucesso então.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

QUEBRANDO O OVO - A ESTRÉIA

Aeeeeeê! Você foi escolhido (a) para inaugurar o novo Blog da Beatitudes: o Dedilhando Formação. E será um blog muito especial. Um blog para ministros de música católica. Portanto, vai ser bom demais.

Nós quebramos o ovo. Você frita. E a gente se alimenta com todos os nutrientes necessários para a formação e fortalecimento de seu ministério de música.
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Trabalhalharemos exaustivamente para que este blog seja uma ferramenta útil para você e seu grupo de música e também de oração.

Cada um dos post aqui colocados trará histórias verídicas e não extraídas de livros. Cada autor que ajudar a Beatitudes tem como compromisso a FIDELIDADE E A COERÊNCIA. E não abriremos mão destes dois super pilares.

Que rufem os tambores. Entra em cena, nesta tarde de 20 de maio de 2010 o que de mais puro-sangue pudemos compor para você.

A PRIMEIRA MÚSICA.

Alguns anos atrás, quando escolheram meu nome para liderar um grupo diocesano de ministros de música, eu me coloquei em oração, com temor, e pedir direcionamento ao Espírito.

Eu tinha que liderar algumas pessoas, orientar, formar para ministério de música. Isso é preocupante. Poderia deixar marcas bonitas de formação como profundas marcas de contra-testemunho.
E, por mais que alguém te dê autoridade, nenhuma suplanta aquela autoridade que vem do Senhor. Ele tem que revestir-nos.

Eu não fui com muita sede ao pote. Porém, eu queria saber qual a seta a ser mostrada àquelas pessoas que me seguiam. Qual o inicio do caminho? Qual era o primeio passo? O primeiro ingrediente? 

Fui rezar. Perguntei ao Senhor "que queres que eu fale aos teus ministros de música?" E Ele, bondasamente respondeu-me: "Dos meus músicos eu só quero a primeira canção. O resto que eles ofereçam para quem quiser".
 
Desta manhã em diante, todas as vezes que eu tocava, virava-me parao crucifixo do local aonde eu estava e cantava a primeira música para jesus. Era dele. E com esta canção eu também entregava todo talento, todo dom, todo toque numa atitude de oferecimento e agradecimento.

Incrível como meu ministério mudou radicalmente no dia em que eu aprendi que a "primeia canção é sempre de Jesus".

Vale a pena tentar. vale a pena ensinar.

CARISMAS E O EFEITO HE-MAN

Pobres loucos. Insanos. pequenos medíocres que colocam seus pilares na própria força humana. Acreditam que suas poesias e suas letras carregadas de emocionalismo podem modificar a vida de uma pessoa. Não pode. Só Deus pode. Somente a força divina pode atrair alguém. E o ministro de música deve saber e viver isto. É a primeira regra para quem tem um verdadeiro ministério de música: É Deus quem faz. E faz bem.

Não podemos acreditar que nosso talento converte. E mais: para que haja eficácia em nosso ministério devemos dar o comando para Deus. Usar dos dons, dos carismas, desta lindas e eficazes ferramentas que Deus nos deu. Mas como usar se nem eu sei como elas funcionam?

Aí está o problema. Músico é diferente de ministro de música. Um está para tocar e o outro está à serviço de Deus não só no tocar. E, quando estou a serviço  de Deus ,como bem nos lembram os paranaenses da "estância divina", Deus é meu "patrão". Ele manda. Ele ordena. Fazemos em conjunto, mas, a idéia original é Dele. E Ele bem sabe como agir e quais  os caminhos da ação.

Um bom ministro de música se utiliza dos carismas para servir. Ele profetiza por suas canções. Ele abre portas para Deus curar em suas ministrações. Ele ora em línguas. Enfim, ele é um apaixonado por dons e carismas. Afinal, a potência de seu ministério é ou não Jesus?

Não seja todo poderoso. Não ache que seu violão te dá "a fooorça". Não acredite que exista uma "liga da justiça" de músicos católicos que captam com exclusividade a vontade de Deus. E, se você não ganhar prêmio algum pelo seu serviço, tanto faz. Você já foi o grande premiado, escolhido, amado e enviado. Perece-me que Deus anda pelos quatro cantos gritando novamente "QUEM IRÁ POR MIM?"... é por Ele. É Nele. A Obra não é nossa.

sábado, 15 de maio de 2010

A REGRA DA COMPOSIÇÃO

Quem sabe compor deve usar deste talento para manifestar a presença de Deus no meio de seu povo. E, a maior de todas as regras para uma excelente composição é o AMOR.

Quem ama a Deus sabe falar Dele de uma forma toda especial. O Amor é o princípio ativo de toda composição, de toda boa música católica.

Compor é "juntar os cacos" e criar uma harmonia. E Deus faz isso conosco. Ele junta tudo aquilo que em nós está perdido, desorientado, esquisito. Cria uma harmonia (cura) e escreve a mais lindas de todas as canções.

Compor é observar as peças do quebra cabeça e, pacientemente descobrir o que Deus quer falar. Compor é sentir e fazer. É rezar e sair tocando. 

Quem ama seu próximo sabe criar composições que mexam com o coração das pessoas. Quem ama vê sofrimento, dedilha notas de conforto e torna-se canal de restauração.

E um bom ministro sabe que o melhor de sua composição não está na multidão cantar suas letras. Está na edificação pessoal. A melhor música é aquela que tocou em mim. Que me restaurou. Depois é só ministrar ao povo. A minha música deve tocar primeiramente a mim. Só fala de chocolate quem ama chocolate. E é incrível: o sabor que temos pelas coisas de Deus faz com que as pessoas sintam uma fome e uma sede inacreditáveis.

Fale de Deus com Amor e você verá a quantidade de pessoas loucas querendo se apaixonar pelo mesmo Deus que vive em você.

PRENDA A RESPIRAÇÃO E VAI.

"Filhos, chamo-vos a mergulhar mais fundo no amor que é reservado a vocês". (Palavra de Profecia em forma de canção, 2001).

Que fique de fora o pecado. E todo o resto seja mergulhado no Senhor. Todo ministro de música deve passar pela experiência. Sem medos. Sem reservas. Com ousadia profética. A vontade de Deus se desenrola de acordo com nossa entrega: entregue pouco e receba pouco. Entregue muito, espere, e receba muito.

Não existem formulas mágicas. Alguns ministros de música reclamam que não são ungidos e que tem dificuldades de "escutar a Deus". Mas é claro que tem. Não foram educados para isto. Foram mal formados para gravarem CDs e fazerem shows. Contudo, o maior dos shows é a minha vida no Senhor. É diferente escutar a ministração de um músico profissional de um mergulhado no Senhor.

E perceba o seguinte: cada vez mais as ondas estão subindo, subindo, invadindo a praia, as casas, os terrenos e os apartamentos. Deus está chegando e alguns ministros de música estão fugindo com medo de molhar os pés.

Nosso chamado de ministério de música não é o chamado de quem toma banho ou nada em uma piscina. É o chamado do afogamento. Quanto mais afogado nos mares do Espírito mais afogado estará o homem velho e os meus pecados.

tenha coragem de pular no mar sem escafandro, sem boia, sem pé de pato. E tenha mais coragem ainda em levar seu ministério a esta experiência. Só quem segue sem entender entende o que é confiar.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A LENDA DO SÁBIO POLONÊS E A MÚSICA SECULAR.

Um dia, nas longínquas terras da polônia, nas gélidas regiões da Varsóvia, vivia um sábio Polonês. Um belo dia de frio, um grupo de ministros de música foi fazer perguntas ao sábio, de nome de difícil caligrafia e de temperamento bem "8 ou 80". 

Uma das dúvidas do grupo era polêmica e mexia demais com o ministério de música daquelas pessoas. Um corajoso levantou a mão e a história do Sábio polonês assim se desenrolou.


A backing vocal levantou-se e perguntou:
- Mestre polonês, é legal trocar a letra de uma música pop ou rock e colocar uma letra cristã, que fale de Deus?
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O sábio orou um pouco em línguas, pediu unção do Espírito e respondeu:
- Não. Não é. 
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O guitarrista indagou:
- porque mestre?
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E o sábio, tocando violão para o Santíssimo, disse:
- Cante para sua esposa aquela música que você compôs para sua antiga namorada. Fale que você trocou o nome da "garota do passado" para que ela não perceba que a inspiração foi outra mulher. Se ela continuar te amando eu digo para fazer o mesmo com Deus.
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Todos ficaram boquiabertos com tamanha sabedoria e tamanha bordoada na testa. Ficaram por alguns instantes em silêncio. Uns ficaram bem tristes. Outros, no entanto, pensativos. E somente um deles concordou.
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Desceram da montanha e saíram da polônia. Chegaram em suas paróquias e foram no show de algum ídolo da música católica. Ali se divertiram e escutaram música. Uns pularam e cantaram de tudo. Outros, no entanto, foram ao banheiro em determinado momento do show. Um olhou para o horizonte e pensou:
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- Porque fui tão longe para descobrir algo que o Santíssimo Sacramento já queria me falar?
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Quando Deus fala a gente se cala, né? Bendita polônia.

OS BOIS DA CARA PRETA



O DNA de um músico não é um DNA qualquer. Não quero dizer que é o melhor. Mas ele se destaca. Destaca-se porque dentro de um músico existe uma combinação química da Vontade de Deus, da sensibilidade natural do temperamento e das influências genealógicas.

As heranças genéticas são muito latentes nos músicos. Sua sensibilidade, muitas vezes concorre para seu fracasso enquanto ser humano. Ele fica tão distante das pessoas e do quotidiano que se esquece de ser "gente". E nós sabemos que o sucesso de um bom ministro de música é sua qualidade enquanto ser humano.

É necessário que todo músico tenha sua experiência de cura interior. Principalmente se você vêm de uma história de vida dolorida nas relações humanas e desconfia demais do seu próximo. Sem a efervescência do amor na vida do músico aparece um abismo entre ele e Deus e, por conseguinte, um distanciamento do povo. Acaba que nos tornamos "bois-de-cara-preta". Mais assusta do que converte.

Já viu um ministério de música da paróquia tocando de mal humor? Já participou de um encontro em que o ministério sorri o tempo todo uns para os outros mas não falam com ninguém de fora do grupo? Já presenciou contra-testemunho de cantoras e backing vocals no vestir e no se comportar? Falta de intimidade com Deus. Falta de reciprocidade com o povo.

Um ministro de música não existe para si. Ele é para o outro.

DESCOBRIR-SE MINISTRO DE MÚSICA

No começo tudo é um nó. É uma confusão. A maior preocupação que temos é qual a marcado microfone que cantaremos e se as partituras estão no lugar, em cima da estante.

Aos poucos, o natural é que nos descubramos ministros de música e nossa real missão. Com o passar do tempo percebemos que quem não descobre ministro "pára" no tempo e no espaço.

É meio confuso. De um lado temos bandas católicas que nasceram para divulgar a mensagem cristãs em CDs, DVD's e shows. Do outro temos ministérios que transcendem a "música mensagem" e levam uma experiência Viva com o Deus Vivo.

Na verdade isso é "um parto".  Existe um período gestacional de todo ministro de música. Jesus-música precisa tomar corpo em meu corpo, tomar mente em minha mente e me configurar como ministro de música. E isto não é fácil, não. Requer tempo, paciência, entrega, oração e muitos, muitos erros.

Meu erro é o inicio de meu próximo acerto. Logo, para que o ministro de música se desenvolva bem é preciso passar pelo caminho dos erros. E, a sua vida pessoal se torna a matéria prima para a confecção do individuo-ministério.

À princípio parece confuso mas, o tempo desenrola o pergaminho de nossa vida. Importa que sejamos fieis ao chamado do início. E claro, definir-se como um cantor (a) de músicas-mensagens (que o mundo precisa e muito) ou um ministro de música. tanto um quanto o outro sabem que existe diferenças gritantes e discordâncias extremas. Porém, todos fazem parte da árvore do Espírito.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

ATENTE-SE PARA A MODELAGEM


Um ministro de música vive uma constante configuração. Ele nunca está contente com o que é e sua vida e ministério sempre exigem mudanças e transformações. E O Senhor se utiliza dos mais diferentes caminhos para que isso aconteça. Na maioria das vezes o aperfeiçoamento sempre vêm acompanhada de alguma crítica ou observação de alguém.

Eu tive duas pessoas importantes em minha vida que ajudaram-me no aperfeiçoamento do ministério. Os meus amigos Di e Odair.

Um sábado qualquer, no ano de 1997, eu estava terminando um ensaio do ministério e me reuni com algumas pessoas, na sacristia, para tocar um pouco. Estava iniciando minha caminhada na música católica. Sem pretensão alguma comecei a tocar uma canção do Benito de Paula, mulher brasileira. O Di entrou mais que depressa na sacristia e me fez uma correção das "brabas". Disse-me que nunca misturasse música que falasse de Deus com outras músicas. Na hora eu não entendi pois, "Na realidade, na hora em que é feita, nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor. Depois, porém, produz um fruto de paze de justiça para aqueles que nela foram exercitada." (Hb. 12,11).. Mas observando o desenrolar de meu ministério, percebi que Deus falava comigo através do Di. Louvado seja Deus. Sempre procurei manter puro meu ministério. Sem interferência alguma.

Outro cara de suma importância foi o Odair. Toquei com ele em um grupo de oração por quase 8 anos. Nunca tive problemas de submissão. Sempre perguntava o que ele achava. Mas sua importância não foi bem nesta área. Foi nas noites em que eu descia em sua casa para "sonhar" em gravar um LP (isso mesmo, LP, de Long Play). Nosso sonho se concretizou. Tanto eu quanto ele gravamos não um LP, mas, sim um CD. Deus usava deste meu irmão para não deixar-me frio com relação aos meus sonhos.

Deus, em Sua infinita bondade presenteou-me com pessoas que me ajudaram na perfeição de meu ministério. Não alcancei ainda o alvo. Mas, percorro, atirando-me ao que resta pela frente, rumo ao prêmio maior da música católica... Jesus.

SEXO & BEBIDA.


Não é por maldade. É por sensibilidade que o ministro de música é fatalmente atraído pelas principais cobiças do mundo da música: drogas e sexo.

A sexualidade deve ser bem definida na vida de um ministro de música. Assim como sua liberdade em ser alguém que não precise de bebidas para se alegrar.

Estes temas são polêmicos. Cada um tem uma opinião. E a proposta deste post não é a de explicar nem dar parecer técnico sobre o assunto mas, procurar uma dimensão espiritual que afeta diretamente a vida e o ministério de música.

Um ministro de música é muito tentado na sexualidade e na bebida. Sabemos que beber altera o ser humano. E, quem se envolve com música gosta de "sentir-se bem" alterado. Assim também no sexo. Todo ministro de música tem chance de "ficar" com qualquer pessoa. Subir em um palco exalta nosso ego e mistifica nossa imagem à platéia.

É um perigo. Quando desconhecemos nossa sexualidade e nosso limite na bebida damos contra testemunho de nosso ministério. "Não devemos ser motivo de escândalo para que nosso ministério não seja criticado". ( ).

Cuidado com os olhares, cuidado com os "toques". Cuidado extremo com seu namoro. E não abra mão da castidade. Se possível (e é para quem quer) pare de beber. Não beba mais álcool e dê esse testemunho de vida livre no Espírito. A Igreja necessita. A pastoral da sobriedade pode necessitar de uma ministração de seu grupo. E aí?

A Igreja espera de seus músicos, no mínimo, coerência entre o que prega e o que vive. E um bom ministro de música é "zelador de si mesmo". Ele olha com cuidado seus atos, suas brincadeiras, seu namoro e a forma com que se comporta no dia a dia e nas "saídas noturnas".

Peça ao Senhor que mostre para você aonde a incoerência prejudica o bom andamento de seu ministério de música.

TENTAÇÃO: O ATIVISMO


Não há bom ministro de música católica se não houver descanso do corpo e da mente. E, sendo assim, também não há uma boa ministração.

Deus precisa de mim desperto e esperto. Mesmo tendo bons reflexos, se eu estiver cansado, comprometo minha percepção do que Deus quer e daquilo o evento que vou ministrar música exigirá de mim.

É uma tentação do bom ministro de música: ele nunca quer dormir. Nos retiros, ele é o primeiro que chega e o último que se deita. Até aí, fazer o quê. O complicado é quando o coordenador disse para você descansar e você teimosamente passou a noite toda dedilhando sua guitarrinha.

Todos, sem excessão, são tentados pelo demônio ou pela carne a passar noites em claro cantando e tocando violão. Não parece mas, nossos órgãos se desgastam. A garganta cansada não emite bom som. E a mente fora de sintonia com O Espírito causa sérios danos de relacionamentos dentro do ministério e do evento.

Um bom ministro de música tem uma certa deficiência em discernimento dos espíritos. Por isso é bom que ele sempre tenha alguém que o corrija nesta área. Hora de tocar é para tocar. Hora de descansar é hora de descansar. Se você não fizer bem essa lição de casa um dia as pernas vão doer e a idade não será mais sua parceira de ministério. Não adianta nada rezar. Foi você quem vacilou.

Peça ao Senhor a Graça de saber descansar.