"Toda a terra tinha uma só língua, e servia-se das mesmas palavras. Alguns homens, partindo para o oriente, encontraram na terra de Senaar uma planície onde se estabeleceram. E disseram uns aos outros: “Vamos, façamos tijolos e cozamo-los no fogo.” Serviram-se de tijolos em vez de pedras, e de betume em lugar de argamassa.
Depois disseram: “Vamos, façamos para nós uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus. Tornemos assim célebre o nosso nome, para que não sejamos dispersos pela face de toda a terra.”
Mas o Senhor desceu para ver a cidade e a torre que construíram os filhos dos homens. “Eis que são um só povo, disse ele, e falam uma só língua: se começam assim, nada futuramente os impedirá de executarem todos os seus empreendimentos. Vamos: desçamos para lhes confundir a linguagem, de sorte que já não se compreendam um ao outro.” Foi dali que o Senhor os dispersou daquele lugar pela face de toda a terra, e cessaram a construção da cidade. Por isso deram-lhe o nome de Babel, porque ali o Senhor confundiu a linguagem de todos os habitantes da terra, e dali os dispersou sobre a face de toda a terra.". (Gn. 11,9).
Estamos em uma era de bobagens, devaneios e sincretismo. Católicos já não falam mais a "mesma língua" devido as múltiplas teorias religiosas e humanas. Jesus já não o centro de tudo. Há um esvaziamento da mensagem do Evangelho e da missão de Jesus a partir de teorias ou doutrinas evangélicas.
Alguns, afirmam que Jesus não é o filho de Deus mas, um ser superior, especial mas, nunca O Salvador... Outros, dizem que Jesus veio à terra para uma missão sublime, mas não fundou nem Igreja e nem religião. Alguns outros, vêem em Jesus um ser que "voltou" de várias vidas e evoluiu. E outros tantos enxergam Jesus como alguém normal, sem divindade nem salvação, só humano demais.
Teorias como estas invadiram os grupos de oração e os ministérios, especialmente o ministério de música. A facilidade que a música nos proporciona de uma sadia relação com outros grupos religiosos, muitas vezes influencia nossa mentalidade. E, como não somos firmes na doutrina católica, acabamos por impulso juvenil, aderindo a a outros tipos de linguagem ou religião.
A música proporciona uma certa "facilidade" de comunicação entre as mais diversas religiões. E isso é bom. Quem sabe, através das boas canções, não formamos um povo de Deus que louva e bendiga acima de qualquer divisão. Eu acredito em tudo que O Espírito pode fazer. Só não acredito nas frustradas tentativas de alguns músicos católicos em "unir" a música e as formas de expressão de nossa Igreja às de outras denominações religiosas sem uma real ação Espírito Santo.
Certas terminologias não devem ser utilizadas pelos ministérios de música católica. E isso tem explicação uma racional. Oras, aquilo que para nós, católicos, tem expressão como "mariologia" ou "Santidade de vida", para algumas denominações religiosas ou tem outro significado ou significado algum. Assim como, algumas expressões e conceitos nascidos em Igrejas não-católicas, para nós pode trazer um esvaziamento de nossa fé.
Nos anos 90, mais propriamente em 1993, houve uma explosão da música católica. Apareceram várias bandas e ministérios. E com esta ascensão da música católica, também houve um ardente desejo emdefinir o tipo de música que executávamos. Foi aí que cometemos nosso primeiro erro: chamamos nossa música de "GOSPEL CATÓLICO". Sim. Essa expressão não nasceu nos dias atuais. Alguns músicos católicos, como eu, queriam se definir, se encontrar, trazer um sentido para suas composições então, usamos este nome para nos "autodefinir".
Contudo, com o passar dos tempos, o próprio Espírito nos conduziu a outra definição: Música católica. E entendemos porque: na verdade, o termo que usávamos era uma forma de rejeitar o tradicional e buscar uma inovação.
Para qual surpresa nossa, quando fomos estudar sobre a origem desta palavra tomamamos um susto.
Tentei ao máximo extrair uma origem definida para esta palavra. É difícil pois, as várias expressões da música evangélica a tratam como uma simples definição do estilo ou da categoria de suas músicas. Muitos nem sabem ao certo o que realmente essa expressão significa. Tratam-na simplesmente como "evangelho" ou similar. Porém, conversando com algumas pessoas de outras doutrinas, algumas explicações foram dadas.
Não existe um consenso sobre as explicações abaixo. E aqui abro o post para contribuições que possam ajudar no discernimento
A origem da palavra Gospel.
Explicação 1.
A palavra "Gospel" não existe. Existe a fusão de duas palavras "God" e "spell" que quer dizer "música de Deus que envolve, como mágica, como um encanto", ou God-spell que, na definição de algumas doutrinas quer dizer "boa nova".
Explicação 2. (A explicação histórica oferecida por alguns evangélicos que não concordam com esta terminologia).
"Um tipo de música/composição criada para expressar uma crença INDIVIDUAL (e é aqui que mora o perigo) ou de uma comunidade religiosa nascente que queria romper com o tradicional".
Utiliza-se deste tipo de música não só em cerimônias religiosas ou cultos mas, de forma estética (markenting) como um produto para mercado comercial. Alguns famosos artistas traziam consigo influências Gospel como Elvis Presley, Ella Fitzgerald, Ray Charles e tantos outros.
Thomas A. Dorsey (1899-1993), compositor de sucesso tipo There Will Be Peace in the Valley, é considerado por muitos, O Pai da Música Gospel. No início de sua carreira ele era um importante pianista de Blues, conhecido aliás por Georgia Tom. Ele começou a escrever Gospel depois que ouviu Charles A. Tindley (1851-1933) numa convenção de músicos na Filadélfia, e depois, abandonando as letras mais agressivas de outras canções, não abandonou, contudo, o ritmo de Jazz tão parecido com o de Tindley. A Igreja inicialmente não gostou do estilo de Dorsey e não achou apropriado para o santuário, na época. Em 1994, após o seu falecimento, a revista Norte-americana, Score, publicou um artigo com o título: The Father of Gospel Music (em português, "O Pai da Música Gospel").
Portanto, segundo pesquisa, a origem desta terminologia indica uma música que pretendia "afastar-se" da Igreja para que pudessem atingir a um público menos ligado à Palavra de Deus. Sendo "Gospel", ficaria mais fácil ter sua música veiculada em rádio, tv, eventos não religiosos, festas de peão, shows seculares enfim.
Bem, se você me perguntasse se devo ou não usar esta terminologia em eventos de meu ministério, eu responderia: "eu já fiz isso também". Usei deste subterfúgio para "firmar" meu ministério em uma errada tentativa de me colocar no cenário musical comercial. Posso afirmar, sem medo de errara, que foi o próprio Espírito do Senhor que arrancou esta mentalidade de mim. Havia o risco eminente de desvio doutrinário. Portanto, eu não recomendo que se misture as coisas. Gostar e tocar músicas evangélicas ou de outras denominações não traz problema nenhum aos ouvidos desde que, não seja uma aberração doutrinária e teológica que afete ou desoriente o povo sobre Sã Doutrina Católica.
O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos. Oséias 4.
1 comentários:
Silvinho nunca tinha parado pra pensar o conflito que podemos causar usando o termo gospel para as músicas católicas. E sinceramente tbm chamei muitas vezes nossas músicas de gospel. Mas parei de chamar depois de um tempo, e nem sei pq... Quer dizer agora sei né?! Realmente esse seu post é para se pensar!!! Deus te abeçõe. Beijos. Karen
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