quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

NÃO ADULTERE A LITURGIA

Caro leitor / blogueiro.
Recebi um email com um conteúdo interessante. É de um sacerdote chamado Antonio Paes Júnior. Não o conheço porém, o mesmo Espírito nos orienta. Desta forma quis partilhar com você e com seu ministério de música. Boa formação

1. Reunião… muito bem. Ensaio… ótimo. E a oração juntos? E a adoração juntos? Se não rezam juntos, um CD seria melhor…

2. Cantores: às vezes, o silêncio é o melhor canto.

3. Cantores: o improviso é uma arma que o diabo tenta enfiar na Missa: distrai, tira a paz, irrita, causa brigas e ainda fica feio.

4. Seria bom que os cantos tivessem alguma relação ou com o Tempo Litúrgico que se vive, ou com os textos da Liturgia da Palavra do dia ou com o momento que se está na Missa.

5. Há uma diferença razoável entre banda (show, animação, bota pra quebrar) e ministério de música (celebração, adoração, corações ao alto).

6. O canto final é a última mensagem da Igreja para aquele povo que foi à Missa. Não pode ser considerado um mero “canto de dispersão da assembléia”.

7. Nunca é demais lembrar algumas orientações do Santo Padre São Pio X:

a música sacra deve possuir, em grau eminente, as qualidades próprias da liturgia, e nomeadamente a santidade e a delicadeza das formas, donde resulta espontaneamente outra característica, a universalidade.

Deve ser santa, e por isso excluir todo o profano não só em si mesma, mas também no modo como é desempenhada pelos executantes.

Deve ser arte verdadeira, não sendo possível que, doutra forma, exerça no ânimo dos ouvintes aquela eficácia que a Igreja se propõe obter ao admitir na sua liturgia a arte dos sons. Mas seja, ao mesmo tempo, universal no sentido de que, embora seja permitido a cada nação admitir nas composições religiosas aquelas formas particulares, que em certo modo constituem o caráter específico da sua música própria, estas devem ser de tal maneira subordinadas aos caracteres gerais da música sacra que ninguém doutra nação, ao ouvi-las, sinta uma impressão desagradável.

Estas qualidades se encontram em grau sumo no canto gregoriano, que é por conseqüência o canto próprio da Igreja Romana, o único que ela herdou dos antigos Padres, que conservou cuidadosamente no decurso dos séculos em seus códigos litúrgicos e que, como seu, propõe diretamente aos fiéis, o qual estudos recentíssimos restituíram à sua integridade e pureza.

Por tais motivos, o canto gregoriano foi sempre considerado como o modelo supremo da música sacra, podendo com razão estabelecer-se a seguinte lei geral: uma composição religiosa será tanto mais sacra e litúrgica quanto mais se aproxima no andamento, inspiração e sabor da melodia gregoriana, e será tanto menos digna do templo quanto mais se afastar daquele modelo supremo. (Peço licença para interromper o Santo Padre e fazer uma sugestão: os monges de Abadia da Ressurreição em Ponta Grossa tem um vasto material de Canto Gregoriano em português, por que não utilizá-lo para depois introduzir os cantos em latim?)

O canto gregoriano deverá, pois, restabelecer-se amplamente nas funções do culto, sendo certo que uma função eclesiástica nada perde da sua solenidade, mesmo quando não é acompanhada senão da música gregoriana.

Procure-se nomeadamente restabelecer o canto gregoriano no uso do povo, para que os fiéis tomem de novo parte mais ativa nos ofícios litúrgicos, como se fazia antigamente.

A Igreja tem reconhecido e favorecido sempre o progresso das artes, admitindo ao serviço do culto o que o gênio encontrou de bom e belo através dos séculos, salvas sempre as leis litúrgicas.Por isso é que a música mais moderna é também admitida na Igreja, visto que apresenta composições de tal qualidade, seriedade e gravidade que não são de forma alguma indigna das funções litúrgicas.

Todavia, como a música moderna foi inventada principalmente para uso profano, deverá vigiar-se com maior cuidado por que as composições musicais de estilo moderno, que se admitem na Igreja, não tenham coisa alguma de profana, não tenham reminiscências de motivos teatrais, e não sejam compostas, mesmo nas suas formas externas, sobre o andamento das composições profanas. (S. Pio X. Motu próprio TRA LE SOLLICITUDE)

8. Sei que alguém poderia dizer: Mas esse negócio de canto gregoriano é de antes do Concílio, o Papa São Pio X é do início do século XX… Hoje, depois do Concílio as coisas tem que ser novas. Por isso: “A Igreja reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano; terá este, por isso, na acção litúrgica, em igualdade de circunstâncias, o primeiro lugar.” (Sacrossanctum Concilium, n. 116)

9. Penso ser bom recordar que profano aqui não quer dizer pecaminoso, mas fora do uso litúrgico. Dou um exemplo: Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer… Não é uma música pecaminosa, mas profana. Fala da beleza do amor humano e outros valores muito elevados, mas não serve para a liturgia, mesmo que se diga que se está cantando para Jesus…

10. Por isso Rock, Baião, Sertanejo Universitário, Samba e outros modos musicais não podem ser utilizados na liturgia. Então, os instrumentistas tomem muito cuidado para não darem um “ar” de rock ou outros estilos musicais as músicas litúrgicas. Especialmente aquelas mais tradicionais.

11. É certo que alguns pensam que a introdução de ritmos profanos na liturgia pode atrair mais pessoas para a Igreja, seria bom recordar aqui o nosso atual Papa: “Diria que uma Igreja que procura sobretudo ser atraente já estaria num caminho errado, porque a Igreja não trabalha para si, não trabalha para aumentar os próprios números e, assim, o próprio poder.” (Bento XVI em entrevista durante a viagem para a Inglaterra. 16 de setembro de 2010).

12. Não se trata de querer as Igrejas vazias. A Igreja deve ser diferente, e os seus cantos também. E é essa diferença (que não é esquisitice) que atrai.

13. Termino com um pensamento otimista: O NOSSO POVO É CAPAZ. Não nivelemos por baixo! Não tratemos o nosso povo como pessoas ignorantes! Ensinemos com paciência, constantemente, e veremos ressurgir o que se destruiu por falta de compreensão do que ensina a Igreja.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

NOSSA BANDEIRA É JESUS

Músicos e artistas renovam
seu compromisso com a Palavra

Depois de seis anos de espera, o fim de semana de 15 a 17 de outubro foi marcado pelo encontro Nacional do Ministério de Música e Artes. A cidade de Paulínia, no interior de São Paulo, foi palco dessa grande festa que reuniu músicos, cantores, dançarinos e atores de todas as regiões do Brasil. Entretanto, a grande estrela do evento não foi nenhum artista. Todas as expressões artísticas foram depositadas aos pés do Senhor Jesus, o único digno de honra e glória.

Foram dias intensos de oração e pregação, embalados por muita música, dança e teatro. Os mais de mil participantes do encontro refletiram sobre a missão dos ministros de música e artes e o seu papel neste tempo de reconstrução vivido pela RCC do Brasil.

Durante a pregação, a coordenadora nacional do ministério, Juliane Morigi, falou sobre a necessidade dos ministérios de música também passarem por um processo de reconstrução para que os grupos de oração e todo o movimento sejam fortalecidos. “São muitos os ministérios destruídos pela falta de unidade e de oração, que acabam abandonando os grupos de oração para seguirem projetos pessoais. E a triste realidade são grupos de oração fechando ou tendo seu número reduzido por falta de comprometimento dos ministérios de música”, afirmou.

As alternativas para que a realidade dos ministérios de música e artes sejam transformadas foram sendo indicadas ao longo das outras pregações do encontro. Durante a pregação do ex-coordenador do ministério, Eugênio jorge, os artistas foram exortados a investir na intimidade com o Senhor e serem cada vez mais amigos de Deus. Segundo o cantor: “Muitos levantam a bandeira da música católica. Pois abaixem essa bandeira e levantem a bandeira da Cruz de Cristo! Os servos que fazem a obra ‘para’ Deus farão muitas coisas e ficarão cansados. Mas aquele que conquistar a intimidade com Ele fará a obra ‘de’ Deus! Nosso chamada é para a glorificação de Deus e edificação de seu povo. Se Jesus não tem a você, ao seu coração, a Ele não interessará sua música, seu teatro, sua dança! Jesus prefere você calado, desde que Ele tenha a você, ao seu coração. Todo ministério eficaz será fruto de uma profunda intimidade com Jesus!

Em sua última pregação, Juliane Morigi ressaltou a importância da Palavra fazer parte do cotidiano dos artistas para que um verdadeiro trabalho de evangelização seja realizado. “Retome a oração, a leitura da Palavra, os Sacramentos. Tem artista que quer falar de Jesus mas não ouve sua Palavra. Os músicos carregam caixas de som, bags pesados, e às vezes, chegam ao Grupo de Oração sem a Palavra de Deus”.

Para que no meio dos ministérios nasça uma nova arte capaz de ser intrumento da ação de Deus, Juliane exorta: “Sejam obedientes a esta Palavra. Reúnam seus ministérios para irem junto à Missa, perguntem para Jesus: onde estamos errando? Onde precisamos melhorar? Para que o Senhor coloque a luz em seu ministério, pois é pela música que a mensagem pode chegar aos corações. A música chega onde não chega a pregação. E o Senhor vai nos inspirar novas músicas, danças, peças de teatro. Uma nova arte está escondida no Coração de Jesus para seu ministério.”

Fonte: REVISTA RENOVAÇÃO
ANO 12 – NÚMERO 66 – JANEIRO/FEVEREIRO 2011